É quase impossível falar sobre delivery de alimentos sem pensarmos em preços mudando, promoções relâmpago, taxas variáveis, e aquela dúvida: “Será que consigo vender mais hoje?”. Afinal, precificar não é só fazer contas. É entender o cliente, o mercado e o momento. E, claro, usar criatividade e tecnologia para não ficar para trás. Neste artigo, vou mostrar 5 estratégias de precificação dinâmica que podem ajudar seu delivery a encontrar o ponto de equilíbrio entre atratividade para o consumidor e lucros reais para o negócio.

Os preços certos abrem portas.

Por que pensar em precificação dinâmica?

O mercado de alimentação vive de oscilações. Mudanças no preço dos insumos, promoções sazonais e até decisões políticas afetam o bolso de quem vende e de quem compra. Não à toa, o monitoramento de preços da cesta básica virou rotina em todo o Brasil, ajudando empresas a tomarem melhores decisões sobre quanto cobrar.

E quando se fala de delivery de alimentos, a agilidade com que um negócio consegue ajustar os preços pode ser determinante. Ninguém quer perder vendas porque o preço está desalinhado com a concorrência ou o público, nem amargar prejuízos por não acompanhar a variação dos custos. O segredo está no ajuste rápido e na estratégia certa.

O que é precificação dinâmica?

Precificação dinâmica significa “movimento”. Os preços mudam conforme fatores internos e externos: demanda do dia, custo dos ingredientes, previsão do tempo, ou até o resultado de um jogo importante. Não existe fórmula mágica, mas existe inteligência aplicada.

Aliás, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Social, criar estoques estratégicos e acompanhar de perto o custo dos produtos são práticas que ajudam a regular o preço de mercado. Isso, por si só, já faz uma diferença enorme para negócios de delivery que querem ajustar valores sem perder margem.

1. Ajuste por demanda e horários

Quem já administrou um delivery sabe que existem horários de pico – geralmente almoço e jantar, com picos especiais nos fins de semana. Mas, e nos horários mais fracos? Será que vale mexer no preço?

• Horários de baixa: Incentive a procura com descontos progressivos, combos ou frete grátis.
• Horários de pico: Utilize preços ligeiramente superiores, mas nunca fora do aceitável pelo cliente.

Me lembro da primeira vez que testei um desconto após as 15h. O resultado surpreendeu: pedidos aumentaram 18% naquela faixa. Pequenas ações, realmente, impactam.

Mudar o preço na hora certa vale mais que qualquer propaganda.

Como monitorar a demanda?

Planilhas, relatórios diários e até a própria plataforma Chefia oferecem recursos para acompanhar a movimentação dos pedidos. Fique de olho: a análise constante mostra padrões e horários que talvez passem despercebidos.

2. Precificação por canal de venda

É cada vez mais comum que um restaurante use diferentes canais: aplicativo, site próprio, telefone, redes sociais. O consumidor pode chegar de todos os lados, mas precisa de motivos para se manter fiel ou migrar para o canal que dá mais lucro.

• Vendas diretas: Podem permitir descontos, brindes ou condições especiais, já que não exigem taxas de terceiros.
• Apps externos: O ideal é calcular bem as taxas cobradas e, se necessário, ajustar o preço final.

Uma dica prática é sempre sinalizar o benefício de cada canal – seja por meio de um desconto na primeira compra, um brinde surpresa, ou valores exclusivos.

Canais diferentes, preços adaptados.

Mas cuidado: o cliente percebe rapidamente se há desvantagem em um canal. Transparência é fundamental. Quem já lidou com a surpresa negativa do cliente sabe o quanto isso pode afetar a reputação.

3. Flutuação de preços de insumos

Todo mundo sente quando o preço do tomate dispara. A verdade é que a volatilidade dos preços de commodities alimentares é um problema real e, de acordo com estudos recentes, pode ser agravada por políticas e acontecimentos internacionais.

Por isso, é importante:

• Monitorar fornecedores e negociar sempre que possível.
• Criar combos flexíveis: ajuste cardápios de acordo com a safra e o custo dos insumos.
• Ficar atento às margens de cada prato: existe espaço para subir um pouco o valor?

Como calcular rápido?

Muitos negócios usam planilhas dinâmicas, e há ferramentas de inteligência artificial – como as oferecidas pelo Chefia – que conseguem sugerir alterações automáticas quando o preço do insumo muda. Isso reduz o erro humano e acelera decisões.

4. Precificação baseada em perfil de cliente

Nem todo mundo busca só o menor preço. Há quem valorize ingredientes orgânicos, praticidade, apresentação ou até exclusividade. Uma pesquisa apontada pela Embrapa mostra que produtos com apelos de saudabilidade, conveniência e segurança ganham cada vez mais espaço, mudando a lógica da precificação.

• Menus segmentados: Monte opções premium, vegetarianas ou fit, com preços diferenciados.
• Clubes de vantagens: Crie programas de fidelidade ou avantage aos clientes mais recorrentes.
• Diferenciação pela experiência: Entregas rápidas, embalagens pensadas, brinde ou bilhete simpatia.

Um delivery menor, mas focado em nicho, pode cobrar mais por pratos exclusivos, enquanto negócios de volume podem apostar nas promoções. Entender seu público nunca sai de moda.

Conheça seu cliente, e o preço se ajusta sozinho.

5. Precificação geográfica e por território

A localização do cliente pode influenciar no preço – seja pelo custo do deslocamento, seja pelo perfil de quem compra em determinada área. Segundo um estudo recente, a dinâmica produtiva e territorial tem impacto direto nos custos e na formação de preços no setor alimentar.

• Zonas urbanas centrais: Maior poder aquisitivo, cobranças de taxa de entrega mais altas podem ser aceitas.
• Regiões distantes: Adapte o menu para opções que suportam deslocamentos maiores e ajuste o valor do frete.
• Bairros com menor concorrência: Explore combos para aumentar o ticket médio, mas sem exagerar no valor.

Foi numa dessas análises que percebi que ajustando o menu para o bairro vizinho, e alterando a taxa de entrega, consegui aumentar minha presença e evitar desperdício de comida. Às vezes, agir localmente é o segredo.

Preço certo, no lugar certo.

Dicas para aprimorar a estratégia

• Reavalie a estrutura de custos todo mês. Pequenas variações podem virar grandes prejuízos sem correção.
• Tenha flexibilidade para experimentar: nem sempre o que funciona na segunda-feira serve para o sábado à noite.
• Use feedback do cliente. Às vezes, ele pede um desconto, mas aceitaria um brinde diferente.
• Ferramentas digitais, como as da Chefia, conseguem automatizar parte desses ajustes e testar diferentes valores de acordo com demanda, o que economiza tempo e dores de cabeça.

Lembrando que “dinâmica” não é sinônimo de instabilidade. O cliente precisa confiar nos seus preços. Mudanças devem ser comunicadas com honestidade, transparência e, quando possível, oferecendo algo em troca: um benefício ou uma experiência diferenciada.

Erros comuns na precificação dinâmica

Talvez você já tenha caído em uma dessas armadilhas – todos caem. Mas com atenção, planejamento e testes, dá para ajustar. Algumas falhas comuns:

• Mexer em todos os preços ao mesmo tempo: O ideal é testar pouco a pouco. Mudanças bruscas confundem o cliente.
• Ignorar custos ocultos: Taxas, embalagens, impostos e até o tempo de preparo devem entrar na conta.
• Focar só no preço, esquecendo o valor: Diferencial, atendimento e entrega rápida também têm preço, ainda que indireto.
• Falhar na comunicação: Se o cliente percebe que está pagando mais sem entender o motivo, pode desistir antes mesmo de clicar em ‘finalizar pedido’.

Como o Chefia pode ajudar?

A plataforma digital Chefia foi criada justamente para apoiar empreendedores e profissionais do setor de alimentação. Ela reúne ferramentas práticas de análise, IA para sugestão de preços, cursos especializados e benefícios para cortar custos.

• Mentorias com especialistas para encontrar a melhor forma de precificar seus pratos.
• Planilhas dinâmicas já prontas para calcular preço de venda e margem.
• Automatização de tarefas de marketing – para comunicar mudanças de preço sem perder o ritmo.
• Acesso à comunidade de quem está na mesma jornada e sempre tem algo a compartilhar.

Cada negócio tem seu ritmo, por isso a precificação nunca será uma ciência exata. Mas, com apoio certo, informações claras e tecnologia ao lado, o crescimento vira só questão de tempo.

Seus preços podem contar sua história.

Hora de agir

Viu como as estratégias de precificação dinâmica vão muito além de baixar ou subir preços? Elas falam sobre entender o cliente, acompanhar o mercado e testar sem medo. Aproveite os recursos do Chefia para levar seu delivery a outro patamar e descubra como ajustar preço pode ser menos assustador – e mais lucrativo – do que parece.

Venha conhecer o Chefia, faça parte da comunidade e prepare seu negócio para crescer em qualquer cenário.